domingo, 19 de setembro de 2010

Brokeback Mountain

Costumamos ter a inocente impressão de que quanto mais se passam as décadas, mais evoluímos e nos aperfeiçoamos na maneira de nos vestir, no modo de falar, de conviver com o diferente e, sobretudo, que vinhamos abdicando de princípios segregadores, conceitos absurdos e intolêrancias contrários à razão.

Ultrapassamos a ideia de que o lugar da mulher é em casa, trabalhando nos afazeres domésticos e fazendo com que fique disposta para seu marido. Mulheres, já há algum tempo, possuem direitos legais, mas ainda hoje, século XXI, se encontram em patamares inferiores aos homens. Pesquisas apontam que por mais que se tenha a mesma formação educacional pedagógica, ganham menos, e ainda ganham menos caso tenham uma formação melhor. O tempo mudo, o modo como as pessoas pesam mudam, os conceitos mudam, mas sempre haverá um resquício do que se é deixado.

Rompemos também com a ilegalidade que algumas religiões tinham, isso não vale para fora do Brasil, sabendo que, em alguns Estados nações, ainda encontra-se religiões sendo perseguidas, algumas, as vezes, até pelo Governo. De fato, desde que passou a surgir mais religiões do que o habituado, diversas pessoas sofreram com agressões diretas e indiretas. Guerras santas, revoluções continentais e conflitos civis já foram marcas maiores de um evitável e inexplicável ódio(?) à crença do outro. A consequência deixada foi a morte de um grupo grande de diversas doutrinas. Quem é que mata em nome de um Deus? Uma divindade?

São várias as manifestações de intelerância, e muitas delas, ou talvez possa dizer, todas elas, repugnantes. Infelizes são aqueles que não conseguem ou não querem conviver com o diferente; não se deixam livres para ver o quanto é belo o conjunto que essas formam. Onde está a liberdade de expressão? Pois essa, também é direito natural de todos.

Estava vendo um filme, o qual se passava em uma época passada, e retratava a dificuldade da união de um casal homossexual. No final, um deles acabou sendo morto, e não tive como evitar de pensar na perspectiva de que hoje seria tudo diferente e melhor, não foi como uma decepção, pois sim, hoje a situação dos homossexuais está sendo tratada de melhor forma, na medida que, por lei, não podem mais serem perseguidos. Uma vitória? A humanidade está a caminho. Para os otimistas, não estamos tão longe. Para os realistas, ainda falta muita compreensão. Para quem suporta o desamor, ainda é um sonho.

Tudo um dia já foi proibido: o bikini, o samba, o beijo na boca... e todos, um dia, serão iguais à vista dos homens, como quase são iguais perante à vista da cega (justiça), tudo será igualitário quanto, que a liberdade literal não será um sonho a ser consumido, será uma realidade.

Todos tem o poder de mudar o que quer, podem gritar o que pensam para que todos escutem, podem e devem acreditar que um dia, conseguirão o que desejam. Todos mudam, o tempo mudam, os costumes mudam. O mundo muda!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Seja a mudança que você quer ver no mundo. Dalai Lama

sábado, 14 de agosto de 2010

Aí abri os olhos,
Os cocei
Aí lavei o rosto, Tomei banho e
Pus um vestido leve cor de abóbora.

Aí peguei as chaves
Aí andei
Até uma pequena praça do bairro

Aí sentei-me no banco
Aí comi a maçã que tinha levado
Aí vi chegar
De longe, um sorriso familiar

Aí fui ao seu encontro
Aí sorri e
Abri os braços em busca de um abraço
Aí dei lhe minhas mãos
Aí andamos

Aí andamos
Aí Trocamos algumas palavras
Sem dizer de fato
Aí nos olhamos e então
Entendemos o que aquelas palavras estavam querendo dizer.

Aí andamos
Aí foi assim
Aí é
Aí sempre há de ser

Aí ele me parou
Aí ele chegou os lábios perto
de meus ouvidos
Aí sussurrando, perguntou
''Queres ser além de meu amor, minha esposa?''

Aí sorri
Aí dissemos que sim a felicidade
Aí andamos.

domingo, 1 de agosto de 2010

O espaço que se ocupa - Fred Pagzunni

Enquanto você me deixava
outra se aproximava
discreta,
sem alarde,
humilde
e despretensiosa.

Veio de calça jeans
blusinha branca
havaianas
andando
e sorrindo.

Tinha convicção
Sabia o que era
e tinha certeza
do seu espaço:
nunca temeu viver.

Seu nome:
simplicidade.

sábado, 10 de julho de 2010

Você pode escolher ter um amor.

Não pretendo lembrar de todos os momentos que vivemos juntos, todos os pequenos detalhes que se transformaram em grandes histórias. É suficiente que fique guardado para sempre o quão alegre eram esses momentos e quantas risadas sinceras se fizeram presente. Basta eu lembrar todos os dias o quanto eu amo nós dois.

sábado, 26 de junho de 2010

Encontrou o amor.

Cada um carrega junto a si o peso do caminho trilhado. Sentada em um banco a beira da praia, uma menina observava calada as diferenças que percebia de cada um que passava a sua frente. Crianças, adultos, idosos; pessoas alegres, cansadas. Ela notava que todos, mesmo aqueles do mesmo grupo, eram diferentes, traziam sorrisos diferentes, maneiras de andar diferentes. E provavelmente, cruzou com milhares de formas de ver a vida, sem necessidade de trocar uma palavra. Viu também várias etnias juntas.

Algumas pessoas, não mais diferentes que as outras, mas com alguma coisa que lhe fez abrir um sorriso de satisfação, fez ela pensar durante tempo maior. Dois amigos, surdos ou mudos, não importa (ou talvez, nenhuma das duas) que conversavam animados usando a língua dos sinais, viram a menina os observando e tentando compreender o que diziam, retribuiu a inocência com o maior símbolo de pureza do mundo, um sorriso, após dizerem alguma coisa entre si.

Virando-se para multidão, viu um casal de idosos, que lentamente caminhavam, não muito atentos a nada, segurando a mão um do outro, com um persistência em cada passo que fazia a menina viajar em outra década, imaginando o quanto feliz eles foram, o quanto de tristeza, dor, angústia, prazer, emoção eles já passaram. Seja lá de que forma foi a vida deles, eles estavam lá, caminhando, amando, sorrindo, com a camisa da seleção. Provavelmente envergonhados, já que presenciaram a de 70.

Quando o casal já estava longe, a menina foi surpreendida por três crianças correndo, queriam liberdade, desafiando-se quão longe poderiam ir e quão rápido. Crianças são anjos, conseguem mudar um ambiente com sua presença, e fazem tão simples uma gargalhada surgir, assim como uma lágrima, ou uma atitude boba (aos olhos da sociedade), nada é bobo uma vez que feito com verdade. Elas são as representantes da sinceridade, pureza, alegria e esperança!

O último grupo que lhe fez dedicar um pouco mais de atenção, era formado por 5 ou 7 estrangeiros, todos negros, não sabia ao certo da onde, mas isso não lhe incomodava. Eles estavam cantando e bebendo cerveja, não se importavam com quem passava e também estavam contagiando a todos. Não se sentiam estrangeiros e estranhos, estavam a vontade como em uma terra em que a miscigenação faz parte da sua raiz histórica.

A tarde já estava terminando quando menina foi embora, contar para seus pais o quanto feliz e satisfeita estava por poder conhecer outro mundo não muito distante. Ela foi dormir com a alma limpa, pois se sentia rica por poder perceber a diferença de cada um, e que a diferença só fazia somar as cores que se formavam naquela festa. Ela viu, ainda, que todos ali, estranhos um ao outro, formavam uma massa de mesmo sentimento. Estavam todos de verde e amarelo!

domingo, 23 de maio de 2010

Igualdade, Equality, Gleichstellung...

O leve tom negrume da pele, amarelado ou rosado, como um fator de se julgar apto. Pois é assim considerado, por uma minoria que insiste qualificar ou designar estados baseados nas gêneses que determinam as diferenças físicas e culturais de cada sociedade e/ou indivíduo.

Demorou, mas a abolição da escravidão chegou, no inicio do século XIX (sendo a terra Brasis a última a aderir a idéia, e mesmo assim, por intervenção maior de poder). Assim como o fim das perseguições aos judeus, que por serem um etnia de miscigenação acabaram sofrendo por fobia, sem nexo, sem fundamento, sem RAZÃO. Além da xenofobia, homofobia, e todas as tantas fobias cuspidas no mundo e difundidas por loucos, sujos prepotentes. Como é fácil julgar, como é ainda mais fácil se fazer de vitima pelo meio. É tão facilmente vil as suas existências, fazem da igualdade uma utopia.

Porém não só por diferenças fisícas, etnicas, culturais e sociais o mundo e a cabecinha pequena dessas pessoas é amontoado. No entanto, quando se abre o outro mundo para elas, a emoção toma proporções absurdas e faz aflorar dentro de todos, uma bondade e gratidão infinita. Porque acima de tudo, até da maior ganância que possa existir, existe uma força maior de fé que incita a todos, e não nos abandona um só segundo. Esta força é o sentimento, qualquer que o seja. Os puros deliberam.

Ver uma religião crer sem censura, em seus deuses, rituais e dogmas. Um negro chegar a cargos de supremacia mundial, uma cultura crescer sem dores, mulheres autônomas, trabalhadores livres de uma burocracia gananciosa, músicos ganhando o mundo. É de tão grande alegria, gratidão e alívio, que o finalmente se apresenta com um lágrima abrindo um sorriso.

A anistia não veio para todos, como assim se conceitua, e esse perdão quem deveria ceder são os que até hoje sentem a dor, a intolerância e o orgulho de representarem a diferença gostosa que a vida impõe, apesar de terem sido pisados ou ainda serem.

Teus pensamentos tão livre quanto o céu carregam tanto poder quanto o ventre carrega a vida. Faça dele seu maior aliado e meio de transformação e vitória. Aos poucos, em cada esquina e com cada vida que se cruzará, lhe dará condições cada vez maiores de alcançar o que se objetiva.

Somos todos iguais e filhos da mesma mãe. Incondicionalmente capazes de amar a todos.

"Um dia Buda estava segurando uma flor diante de uma platéia. Ele não disse nada por muito tempo. A platéia estava em total silêncio. Todos pareciam estar pensando muito na tentativa de descobrir o significado do gesto de Buda. De repente, Buda sorriu. Ele sorriu porque alguém na platéia sorrira para ele e para a flor. Ele foi a única pessoa a sorrir, e Buda retribuiu o sorriso, dizendo: - Tenho uma revelação valiosa a transmitir'. São os pequenos e magnificos gestos que transformam a vida em uma enorme aventura.


O que é bonito não precisa ter rosto.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eu fico com a pureza das respostas das crianças...

E Pedrinho argumentou: A bruxa malvada tem Papai do Céu dentro dela, mas só que ela se esquece.
E já não era tarde demais.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Com licença, a poética.

(De uma Filha, com amor, para seu pai em seu aniversário de 50 anos). E por mais que se passaram 50 anos. Meio século. A juventude Reina. Reina junto a ela a soberania de Oxossi, sua elegância e beleza.

Não é muito próximo a oxum, mas dela se faz seu. Está cercado por três, e com três divide o significado de viver. É homem, é menino, é filho, é pai. É carioca, malandro criado na rua. Sua histórica o remete a guerreiro, aventureiro, trabalhador, honesto, forte, esperto, inteligente, amigo, lutador e apaixonado.

Suas dores são reais, seus amores únicos e sua fé admirável. Sua mãe, tenta lhe mostrar onde e quando estar, mas como de frente há também peixes com peixes, insiste em teimar. Quando teima, se vê caído, e quando se vê caído, se levanta. É assim! É assim que a vida se faz e você faz da vida.

Você tem brilho no olhar, mágica no carinho e amor no viver. Amor pelo viver. Viver pelo amor. Você é amado, muito, não pestaneje. Continue carregando a saúde, a cara de pau e a explosão.

A criação não é feita apenas de aprendizagens boas. A criação é dar e receber. Você recebeu e deu muito. Você mostrou os dois lados do mundo mesmo querendo que somente um nos fosse oferecido. Você acolheu, mas também jogou ao mundo. Você é pai. Você soube ser Pai. Você é humano, por isso perdoou, perdoa e é perdoado.

Seu sorriso abre um mundo a quem atento o vê. Ele é lindo! Ele é como sua alma, cheia de ‘’posinhos pirim plim plim’’ mas também repleta de angustias. E teu
choro, quando choras moreno, mostra-nos a alma do mundo. Uma alma com cicatrizes, forte, inabalável e inatingível. Contudo, quem na verdade sustenta, é a doçura, alegria e inocência de um menino.

Você nasceu, cresceu, viveu, encontrou a sua missão, realizou alguns sonhos Vive, sonha e ama. É amado!

Parabéns. filho, neto, sobrinho, marido, pai, amigo. Feliz aniversário, que sua vida continua sendo repleta de amor, cores, alegria, fé, saúde, decisão, sorte, persistência, carinho, união, dinheiro, viagens, sonhos, paixões, caminhadas. E que você, acima de tudo, possa a cada dia mais, enxergar o homem maravilhoso que tem sigo a 50 anos. Nós te amamos.

''Disse que se for sem eu não quer viver mais não''

segunda-feira, 15 de março de 2010

INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA, por Cristóvam Buarque.

''De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos Governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à ESCOLA. Internacionalizemos as crianças, tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só NOSSA!''

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

''Sorria! Sorria! É tempo de sorrir, sorria!"

''Eu não sei dançar, mas danço mesmo assim. Danço pra rir de mim, faço par comigo.''
''E aí sim, as cores, nuances e tons, se uniram no meu pensamento. Conversou e riu sem hora pra voltar, sem hora pra acordar. Aproveitou o dia.''
''E aí sim, os ritmos, timbres e sons. A perfeição desse momento. Há perfeição nesse momento.'' Aí sim - ForFun

O mês sempre diferente, que de vez em quando revolve presentear o calendário anual com mais um dia. Um mês onde o sol se põe mais tarde e em que todas as almas estão sorrindo, naturalmente. E é época de férias, não para todos, mas para muitos. Tempo de se esticar, ficar mais do que cinco minutinhos na cama e comer besteiras. O mês que, sendo base do signo viajandão, de cabeça na lua, é ponto de encontro de corações na boca, hormonios gritando e ''amor para dar e vender''. É o mês que temos o prazer de esperar e a alegria de vive-lo. É O MÊS DO CARNAVAL!

Não há nada que se assemelhe ou se compare com a festa que nós brasileiros, eleitos como os mais felizes do mundo, sabemos promover e aproveitar. Todo ano, o ano inteiro, há festas espalhadas pelo país do futebol e do samba. Festas homenageando santos, celebres e festas do futebol. Em especial, há a festa mais colorida do ano e do país. A festa mais conhecida pelo mundo, o Carnaval. É como churrasco no sul, como moqueca na Bahia. É nosso, e por ser nosso, já começa sendo maravilhoso, magnífico e colorido.

Há, ainda, em alguns estados do Brasil, que o Carnaval dure mais tempo. Começam antes, ou melhor, não começam, pois não terminam, estão sempre foliando. É a representação da vida como festa. Mas como é ? Há perfeição nesse momento.

O que não se pode esquecer, é que como em qualquer outra época do ano, e como em qualquer lugar, se proteger é preciso, de que há pessoas maldosas, e que aproveitam desse momento de descontração para lesar o outro. De que nada em excesso é admirável, até mesmo o sorriso. Medir seus limites, pesar e distanciar o certo do errado. Saber que nem sempre as coisas são como desejamos, mas que o que importa e seguir em frente de mente e coração aberto. E curtir!

Curtir o que tem para se curtir, aproveitar cada hora, cada minuto, CADA SEGUNDO, cada pessoa, cada onda, cada sol, cada praia, cada chuva, casa sorriso, cada musica, cada abraço, cada beijo, cada saudade, cada dança, cada sentimento, cada zoação, cada grito, cada vitória, cada brincadeira, cada amor... CADA CARNAVAL!

This is Brasil!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O silêncio gritou!

A garganta já não se sustenta o suficiente, prende o ar e contigo os verbos, os substantivos, os pronomes e todas as demais classes gramaticais, contendo ainda as regras e o coloquial. Está difícil, o meio parece dificultar, e o tempo, este tem sido aliado das imposições, da falta de inspiração.

Com essa angústia, resolvi dizer a uns amigos o que se passava. Uns disseram para eu ler mais, outra, me disse para tentar escrever sobre não conseguir escrever. De primeira achei interessante e aceitei o desafio, mas nada, o vazio estava gritando forte, como se estivesse sentindo dor, na alma. O grito estourava os ouvidos e fazia feridas na consciência. Então, covardemente desisti. Não conseguia continuar tentando com aquele branco finito posto diante de mim.

Um tempo passou, fui me conformando de que as coisas teriam mudado, na verdade torcia para aquele silêncio desaparesesse logo ou pelo menos a tempo de. Prosseguiu-se assim, até que o lado virginiana resolveu gritar mais forte, e seu grito não era nada assustador ou indesejável. Enquanto a dedicação concedia a presença da gramática, a própria trazia contigo as tintas para que tingíssemos e enfeitássemos o branco nunca antes desejado.

E dessa forma, com ajuda dos mais puros, verdadeiros e preciosos elementos da vida, consegui moldar a ideia e lapidar a imaginação. Enfim, em um tom de alivio por quem se sentia sufocado, escrevi. Estou escrevendo!

Um vez, quando as pernas não sustentavam mais o corpo, e restava apenas a alma, alguém especial me ouvia com cuidado e com palavras escolhidas me disse: ''(...)use essa bravura para encarar também os momentos difíceis. É necessário encarar os fatos de cabeça em pé e seguir feliz, de coração aberto.(...) tudo vem em prol do seu crescimento''. Não sei se o branco se foi por inteiro, não sei se voltará, mas da próxima, já sei como recobri-lo. Aceitei a vinda do vazio, o recebi como necessário ao meu crescimento. Mas sem duvidas, não o aceitaria de volta, é prepotente e manipulador.

Estou feliz. Eu sou feliz.

Quem tem amigos, tem tudo.